Por muitos aspectos, O Mestre ignorante foi, e continua a ser a obra mais famosa de Jacques Rancière. Contudo, o autor não cansa de repetir: este não é um livro sobre a educação. Ora, interessada pela questão estética, ou antes pelas relações entre arte, formação humana e abertura para o mundo e os outros, nunca foi minha intenção derivar do texto de Rancière uma relação direta e simples entre a arte e a educação no seio de um projeto político com pretensões a mudar a sociedade. Mas sigo acreditando que o postulado da partilha do sensível abre outras vias para pensar a formação humana, que não...