Skip to main content

Carnaval o ano inteiro

Nessa série de retratos, Organza posa em roupas de criação própria em locais da cidade do Rio de Janeiro e Niterói onde acontecem importantes movimentações durante o carnaval, mas fora da época da festa. O contraste de sua figura vestida de formas características do carnaval carioca com o cotidiano dos espaços de circulação quando a celebração não está acontecendo cria questionamentos sobre quais permissões de expressão temos em cada momento e por que ela não se estende ao ano inteiro. O carnaval, a festa e a estranheza do corpo retratado são características da pesquisa artística e acadêmica que desenvolvo há alguns anos. São questões levantadas pela arte grotesca, que questiona o que é belo e prioriza o contraste entre a norma que se impõe à experiência humana e o que humanos são, de fato. São falhos, estranhos, escatológicos, assustadores e não se encaixam em definições binárias de moral e identidade. A figura muitas vezes montada e afeminada de Organzza nas imagens evoca as questões de sexualidade e gênero, propondo uma aceitação dos que não atingem a norma com suas vivências.

Carnaval a lo largo del año  

En esta serie de fotos, Organza posa con ropa de su propia creación en lugares de la ciudad de Río de Janeiro y Niterói en donde se realizan importantes movimientos durante el Carnaval, pero elle lo hace fuera de la temporada habitual de fiestas. El contraste de su figura ataviada con las formas características del carnaval carioca con la cotidianidad de los espacios de circulación cuando no se está en fechas de la celebración plantea preguntas sobre cuáles permisos de expresión tenemos en cada momento y por qué no se extiende a lo largo del año. El carnaval, las fiestas y la extrañeza del cuerpo retratado son características de la investigación artística y académica que sigo desarrollando desde hace algunos años. Son preguntas que plantea el arte grotesco, que cuestiona lo bello y prioriza el contraste entre la norma impuesta a la experiencia humana y lo que los humanos somos, de hecho. Son defectuosos, raros, escatológicos, aterradores y no se ajustan a las definiciones binarias de moralidad e identidad. La figura a menudo montada y afeminada de Organzza en las imágenes evoca cuestiones de sexualidad y género y propone una aceptación de aquellos que no alcanzan la norma con sus experiencias.

palabras clave: carnaval, drag, grotesco, fotografía, queer.

Carnaval o ano inteiro (Carnival All Year Round)

In this series of portraits, Organzza poses in clothes of their own creation in places in the city of Rio de Janeiro and Niterói where important movements take place during the Carnival, but outside the party season. The contrast of her figure dressed in a characteristic Rio Carnival way with the daily life of the circulation spaces when the celebration is not happening raises questions about what permissions of expression we have at each moment and why it does not extend to the whole year. The Carnival, the party and the strangeness of the body portrayed are characteristics of the artistic and academic research that I have been developing for some years. These are issues raised by grotesque art, which questions what is beautiful and prioritizes the contrast between the norm that is imposed on human experience and what humans actually are. They are flawed, strange, scatological, scary and do not fit into binary definitions of morality and identity. The often in drag and effeminate figure of Organzza in the images evokes issues of sexuality and gender, proposing an acceptance of those who do not reach the norm with their experiences.

key words: Carnival, drag, grotesque, photography, queer.

PDF

São questões levantadas pela arte grotesca, que questiona o que é belo ...