Skip to main content

Arte negra: Brasil-Dakar

Comemorou-se em 2016 o 50º aniversário do 1o Festival Mundial de Artes Negras (Fesman), ocorrido em 1966 no Senegal. Pensado originalmente durante o Congresso de Escritores e Artistas Negros, em Roma, e, portanto, almejado desde 1959, teria como proposta a realização regular no continente africano de um festival do mundo negro. Sob o patrocínio da Unesco e apoio da revista Présence Africaine, o festival constituiu momento-chave no desenvolvimento do conceito de negritude, proposto pelo primeiro presidente da então República do Senegal, Léopold Sédar Senghor. Celebrar na África a criatividade e a diversidade das artes do continente e de suas diásporas foi uma proposta concomitante com o processo de descolonização, que começara pelo movimento de independência de várias ex-colônias europeias. A partir de sua eleição para presidente da república senegalesa, Senghor passou a projetar o festival, que tinha o sentido de afirmação tanto política, internamente, como também ética e estética do movimento negro, testemunhando, assim, uma África na cena internacional. [...] O Brasil, por sua rica produção artístico-cultural e pelo reconhecimento das políticas públicas para a inclusão da população negra, então vigentes, foi seu convidado de honra.

Arte negro: Brasil-Dakar

En 2016 se celebraron 50 años del 1er Festival Mundial de las Artes Negras (Fesman), que tuvo lugar en Senegal en 1966. Concebido originalmente durante el Congreso de Escritores y Artistas Negros de Roma, y por tanto anhelada desde 1959, la propuesta consistía en celebrar un festival del mundo negro de forma regular en el continente africano. Patrocinado por la UNESCO y apoyado por la revista Présence Africaine, el festival marcó un momento clave en el desarrollo del concepto de negritud, propuesto por el primer presidente de la entonces República de Senegal, Léopold Sédar Senghor. Celebrar en África la creatividad y diversidad de las artes del continente y sus diásporas fue una propuesta que coincidió con el proceso de descolonización, que inició con el movimiento de independencia de varias antiguas colonias europeas. Tras su elección como presidente de la república senegalesa, Senghor comenzó a configurar el festival, cuyo sentido era el de afirmar tanto política, internamente, como ética y estética el movimiento negro, dando así, el testimonio de África en la escena internacional. Dada su rica producción artística y cultural, y por el reconocimiento de las políticas públicas de inclusión de la población negra entonces en vigor, Brasil fue su invitado de honor.

palabras clave: negritud, Dakar, festival.

Black Art: Brazil-Dakar

In 2016, the 50th anniversary of the First World Festival of Negro Arts (FESMAN), which took place in 1966 in Senegal, was celebrated. Originally conceived during the Congress of Negro Writers and Artists, in Rome, and therefore sought since 1959, it would have as its proposal the regular realization of a festival of the black world on the African continent. Sponsored by UNESCO and supported by the magazine Présence Africaine, the festival was a key moment in the development of the concept of negritude, proposed by the first president of the then Republic of Senegal, Léopold Sédar Senghor. Celebrating in Africa the creativity and diversity of the continent's arts and its diasporas was a proposal concomitant with the decolonization process, which had begun with the independence movement of several former European colonies. From his election as president of the Senegalese republic, Senghor started to design the festival, which had the sense of both political affirmation, internally, as well as ethics and aesthetics of the black movement, thus witnessing an Africa on the international scene. Brazil, for its rich artistic and cultural production and recognition of public policies for the inclusion of the black population, then in force, was its guest of honor.

key words: blackness, Dakar, festival.

DOWNLOAD

Celebrar na África a criatividade e a diversidade das artes do continente e de suas diásporas