Skip to main content

Sem título, sem nome #1

Sem título, sem nome é uma série de registros fotográficos de corpos materiais – as trouxas – alastrados pelo apartamento em que vivo. As trouxas têm fronteiras permeáveis, o conteúdo de algumas vaza e põe em questão os limites de seus corpos. Supostamente, ocupam espaços uniformes, análogos aos dos azulejos sobre os quais habitam, oferecendo um outro da assepsia da arquitetura geométrica funcional cotidiana. Suas bordas são tecidos porosos; suas interioridades são um encontro de inúmeros materiais de procedência industrial e de baixa qualidade que são vendidos comumente nos mercados. Compõe as entranhas à vista das trouxas suco de frutas de caixa, café, óleo, amaciante, água sanitária, vinagre, leite, sal, açúcar, Pepsi, suco de limão, dentre uma grande quantidade de produtos que supostamente são apropriados ao consumo e uso humano.

Sin título, sin nombre #1

«Sem título, sem nome #1» es una serie de registros fotográficos de cuerpos materiales —los bultos— desparramados por el apartamento en el que vivo. Los bultos tienen límites permeables, el contenido de algunos se filtra y pone en cuestión los límites de sus cuerpos. Se supone que ocupan espacios uniformes, análogos a las baldosas sobre las que se asientan, ofreciendo otra de las asepsias de la arquitectura geométrica funcional cotidiana. Sus bordes son tejidos porosos; su interior, una reunión de numerosos materiales de baja calidad y de origen industrial que se venden comúnmente en los mercados. Las entrañas expuestas de los bultos se componen de zumo de fruta de caja, café, aceite, suavizante, agua sanitaria, vinagre, leche, sal, azúcar, Pepsi, zumo de limón, entre una gran cantidad de productos supuestamente aptos para el consumo y uso humano.

palabras clave: Materia, acumulación, doméstico, orgánico.

Untitled, Unnamed #1

Sem título, sem nome #1 is a series of photographic records of material bodies — the bundles — scattered around the apartment where I live. The bundles have permeable borders; the contents of some of them leak and question the limits of their bodies. They are supposed to occupy uniform spaces, analogous to the tiles they inhabit, offering another of the asepsis of everyday functional geometric architecture. Their edges are porous fabrics; their insides are a gathering of innumerable low-quality, industrially sourced materials commonly sold in markets. The entrails at the sight of the bundles are composed of boxed fruit juice, coffee, oil, softener, sanitary water, vinegar, milk, salt, sugar, Pepsi, lemon juice, among a great quantity of products that are supposedly suitable for human consumption and use.

key words: Photography, Accumulation, Domestic, Organic.
As trouxas têm fronteiras permeáveis, o conteúdo de algumas vaza e põe em questão os limites de seus corpos.