Skip to main content

Formação humana na precariedade: Fazer sentido em comum

“Não há mundo comum,” afirmava Bruno Latour, “jamais houve.” Como então nos habituamos a imaginar a existência de um consenso que, por trás dos desacordos e dos conflitos, cimentava nossa existência comum? E se os diferendos, longe de se constituírem, como quis a Modernidade, em fenômenos passageiros e superficiais, atribuídos a erros pedagógicos e de comunicação, fossem a vida própria do pluriverso que habitamos? Então, como evitar pensar que a própria ideia de uma verdade inabalável, unicamente acessível pelos saberes especializados, por uma ciência acima dos valores e apartada dos interesses humanos, tenha sido uma das primeiras fake news da Modernidade? O mundo comum “ainda está por ser composto,” insiste Latour. Mas, como fazê-lo? Eis o que pretende interrogar o presente texto, com o apoio nas reflexões que desenvolve Isabelle Stengers.

Formación humana en la precariedad. Tener sentido común

“No hay un mundo común”, afirmó Bruno Latour, “nunca lo hubo”. Entonces, ¿cómo nos acostumbramos a imaginar la existencia de un consenso que, detrás de los desacuerdos y conflictos, cimentaba nuestra existencia común? ¿Y si las disputas, lejos de constituirse en fenómenos pasajeros y superficiales tal como la modernidad lo quiso, atribuidos a errores pedagógicos y comunicativos, fueran la vida misma del pluriverso que habitamos? Entonces, ¿cómo se evita pensar que la idea misma de una verdad inquebrantable, sólo accesible por el conocimiento especializado, por una ciencia por encima de los valores y al margen de los intereses humanos, haya sido una de las primeras posverdades de la Modernidad? El mundo común “todavía está por componerse”, insiste Latour. ¿Pero cómo hacerlo? Es lo que pretende cuestionar este texto, a partir de las reflexiones desarrolladas por Isabelle Stengers.

palabras clave: verdadero; posverdad; modernidad; ciencia; sentido común.

Formação humana na precariedade. Fazer sentido em comum (Human Formation in Precariousness. Making sense in common)

"There is no common world," said Bruno Latour, "there never has been."
How then did we get used to imagining the existence of a consensus that, behind the disagreements and conflicts, cemented our common existence? What if disagreements, far from being transient and superficial phenomena, attributed to pedagogical and communication errors, as Modernity intended, were the very life of the pluriverse we inhabit? So, how can we avoid thinking that the very idea of an unshakable truth, only accessible by specialized knowledge, by a science above values and detached from human interests, was one of the first fake news of Modernity? The common world "is yet to be composed," insists Latour. But how to do it? This is what this text aims to question, with the support of the reflections developed by Isabelle Stengers.

key words: true; fake news; modernity; science; common sense.

PDF

Mas, como fazê-lo? Eis o que pretende interrogar o presente texto ...